Sabe aquilo? Aquele furacão,  aquela intensidade, aquele tudo, aquele que parecia ser para sempre, aquele sumiço… Não era sobre você.

A primeira coisa que dói e a gente assume numa relação que não foi pra frente é a CULPA.

Culpa por não ter sido interessante,

Culpa por não ter despertado um sentimento no outro,

Culpa por não estar dentro do que o outro esperava,

Culpa por não ter se cuidado o suficiente para ser o check da lista,

Culpa por ter deixado mais uma vez alguém ditar as regras dentro de um campo tão precioso que é você.

Mas não atribua culpa nisso. Não era sobre você.

Você poderia ter a maior conta bancária, a maior beleza do mundo, os melhores sentimentos, o melhor sexo, a melhor vida e, mesmo assim, ele não iria ficar.

Todos mencionam o clichê “não é sobre você”, mas não te explicam que, na verdade, ele não sabe lidar com a CURA que você daria para ele. Sim, a cura para os problemas, cura para as paranoias, cura para as brigas que sempre estiveram presentes na vida dele, cura para os fins trágicos, cura para os vícios, cura para os momentos melancólicos ou seja cura para as feridas de uma trajetória de muita dor.

Ele não sabe lidar com a cura, meu bem.

Ele quer gente que o coloque no mar de aflição, no mar de ansiedades, nos rios cheios de pedras, nas confirmações de suas crenças limitantes, nos espinhos de uma vida que diga que ele não é isso, ele não é aquilo, que ele não consegue, que ele não pode, que ele depende e jamais se livrará de suas piores sombras.

Meu bem,

não foi sobre você porque você é uma imensidão de areia que jamais caberia naquele caminhãozinho que está mais preocupado com o pneu furar do que aproveitar a viagem.