22h, um taça de vinho e muita coisa para compartilhar com vocês.
Vamos lá?
Muitos de nós (se não todos) não sabem perder. Por nos terem alimentado com um espírito competitivo e uma provável escassez se não nos mexermos, a nossa cabeça foi reorientada para “fazer de tudo para ganhar”. Sim, contexto bem perigoso se pensarmos em “tudo”. Na atualidade, estamos pensando muito sobre sucesso, status, subir, carreira e pouco falamos sobre como o processo de perda é importante. Já se perguntou por que sofremos tanto com o fim das coisas (relacionamentos, demissões, mortes)?
Eu respondo – Porque a gente não ACEITA PERDER.
Dependendo da sua personalidade, a perda pode significar: fracasso, desonra, incompetência, rejeição e demais coisas que minam o prazer da sua vida. Palavras que assumem um peso na nossa trajetória. Mas já percebeu que essas perdas nos reorientam?
Como um fim de relacionamento faz você olhar para si e querer pular de parapente, do nada? Ou a morte de alguém faz você querer parar de trabalhar que nem uma louca para aproveitar mais os filhos? Pois é.
A perda é importante para nos reorientar. Não, eu não estou romantizando o sofrimento, pelo contrário, to lançando luz em algo que sempre é visto como sombra para você conseguir “compreender” alguns processos.
“Ah, então perder é legal, agora?”
Não. Perder não é legal, mas é necessário.
As quedas na vida nos ensinam que podemos ir além. Se você quer MUITO andar de patins ou bicicleta e cai 2,3,5x, você não desiste pra sempre daquilo, certo? A queda te mostra as possibilidades do que pode acontecer enquanto você anda. Te faz mais forte, mais atenta e constrói a autoconfiança.
E na vida? A mesma coisa. Quando se quer muito viver e aproveitar isso, algumas quedas vão aparecer para te mostrar que quando você estiver no chão, você vai querer MUITO ficar de pé novamente. Então, se perdeu algo na vida? Deixa ver para qual caminho as coisas vão começar a andar.
Coisas vem, coisas vão, pessoas vem, pessoas vão. Momentos vem, momentos vão.
Mas nunca se esqueça de olhar de onde você saiu, onde você está e para onde está indo. O caminho não é como imaginou, né? Mas tá andando, viu? Se não fossem as reorientações, você jamais chegaria onde está.
Meu bem,
Se as ondas do coração que te dão vida (ora tem pico, ora tem queda) não são lineares… Então por que a trajetória seria?
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