De volta a Niterói, eu tinha programado mais um encontro com alguém que já conhecia. A princípio, no segundo momento a gente já tem um panorama de quem é a pessoa e começamos a agir mais naturalmente, sem estar muito blindado.

Eu seguia observando mais o que FAZ do que aquilo que FALA. É comum, nos primeiros momentos, as pessoas falarem aquilo que você quer ouvir e, por isso, as ações traduzem mais quem ela é.

Na tranquilidade, eu pensava no quanto tem gente que não cabe no nosso universo, mas a gente faz uma pressão para que ela caiba. Consequentemente, você começa a sentir os apertos de ter forçado alguém ou de você ter se forçado a caber num lugar que não é seu.

Mas, será que pelo amor, realmente vale paciência, encaixe e uma forçada de barra?🧐

Assim que cheguei em casa e fechei a porta, tive a certeza de que, embora fosse uma boa pessoa, EU, solar do jeito que sou, não iria caber dentro de um universo de regras e métodos com tons de imprevisibilidade. O autoconhecimento me trouxe isso: a possiblidade de entender os LIMITES para me relacionar com alguém.

E agora? Tentar de novo? Sim. O lugar segue vago, esperando alguém que entenda que aqui ninguém quer perfeição, mas não dá pra chegar querendo mudar minha cadeira de posição.

Imagem: (And Just Like That/HBO)