Um dia dei uma entrevista para o Canal Niterói pra responder a questão: Onde estão os homens dessa cidade? Como conseguir um relacionamento? Foi algo bem rápido e direto, mas de lá pra cá venho pensando nessa questão.

Niterói, uma cidade que não é gigante para se conhecer, mas parece que tem um abismo quando falamos de conseguir relacionamentos. Há 30 anos nessa cidade, escuto relato de mulheres (e hoje de alguns homens) sobre a dificuldade em conhecer alguém na cidade sorriso. Onde eu encontro? Qual o point? Ou tem alguém à procura disso ainda?

A pouco tempo surgiu o “meme” de NYterói, fazendo menção a maravilhosa cidade de Nova Iorque (NY). Achei fantástico, pelo fato da cidade inicialmente se chamar Nictheroy e poder fazer sentido com o NYC, me colocando pra pensar em características semelhantes entre as cidades quando se trata de relacionamentos.

Tantos anos zanzando por Niterói, escuto nos cafés, almoços e pequenas badalações a mesma coisa: pessoas falando sobre seus relacionamentos, seus crushes e os fins trágicos. São pessoas falando a mesma linguagem: “Não deu certo”, “Era muito baixo”, “Era muito pegajoso” ou “morava muito longe lá no RJ”.

Uma coletânea de relatos que meus ouvidos atentavam entre uma garfada e outra no Plazza, São Francisco, São Domingos, Icaraí ou em Itaipu. Niteroienses ao mesmo tempo que querem um relacionamento, não querem deixar de jogar sorrisos e olhares nos barezinhos de São Francisco. Não dispensam uma “Quintareira”, evento das quintas na Cantareira próximo a UFF, pra ver quem vai encontrar de diferente enquanto bebe ou como uma pizza no Vestibular do Chopp.

O que eu percebo bem é que o amor em Niterói ainda está muito marcado pelo check-list perfeito e, se você por um descuido não entrar nele, você é eliminado.

Niteroienses ainda tem medo de amar ou idealizam um amor de série americana?

Fica a Reflexão.

 

Imagem: Milton Glaser